Explore Domus Aurea | Destaques arquitetônicos, história e o redescobrimento das ruínas antigas de Roma

Ala Oeste

A Ala Oeste é a parte mais bem preservada de todo o complexo Domus Aurea que reflete o luxo deste palácio do prazer. Esta estrutura tem dois andares e pelo menos 140 quartos com tetos de até 11 metros. A entrada principal é através do Sacra, do Fórum e é cercada por paisagens de vastos jardins que abrangem mais de 125 acres (50 hectares) e se estendem por parques e lagos.

O piso térreo foi dedicado principalmente a salões de banquetes adornados com pinturas de parede. Este pátio, na Ala Oeste, tinha não menos de 50 salas de banquetes.

Outro pátio pentagonal com 15 quartos separados foi decorado com mosaicos de vidro. Uma dessas 15 salas é o 'Golden Vault' que tinha tetos dourados, painéis de mármore e uma imagem impressionante de Zeus sequestrando Ganimede, da mitologia grega.

A sala octogonal Domus Aurea tem uma cúpula de concreto que foi originalmente coberta com mosaicos de vidro. Esta cúpula e o uso de concreto para os abobadados em edifícios continuaram sendo comuns na arquitetura romana.

Pinturas de parede (Afrescos)

Famulus, um pintor romano, decorou espetacularmente a Casa Dourada de Nero. Ele era conhecido como o “extravagante artista florido”. A Casa Dourada é considerada uma “prisão” que continha todas as suas fabulosas produções. As paredes e tetos de Domus Aurea eram cheios de afrescos, uma técnica de pintura mural que envolve o uso de tinta à base de água em gesso úmido, que faz com que a pintura se torne parte integrante da parede ou teto. Aqui, há representações de cavalos com pernas em forma de folhas e híbridos profanos de animais e humanos como características arquitetônicas incomuns, pintadas em um espectro vívido de Technicolor antigo.

A maioria das partes da Casa Dourada de Nero permaneceu enterrada e desconhecida até a Renascença. Só então que artistas apaixonados como Pinturicchio, Giulio Romano, Ghirlandaio e Raffaello foram para o subsolo recriar os motivos decorativos e também incorporaram o termo “grotesco”. O termo “pintura grotesca” é usado até hoje para classificar gêneros inspirados no século XVI e reinterpretados de forma inovadora.

Domus Transitoria

Domus Transitoria é a residência original menos conhecida do imperador Nero, tendo sido foi destruída no Grande Fogo de Roma que destuiu a maior parte da cidade em 64 d.C. A estrutura era gigantesca, além de ter sido um edifício importante que ligava a posse imperial de Nero no Monte Palatino à zona Esquiline. Algumas partes da Domus Transitoria estão preservadas e são acessíveis hoje.

Entre eles está o Nymphaeum de Polyphemus, encontrado sob os Banhos de Lívia, que se destaca como um lugar de valor imensurável e beleza magnífica. As obras de água ao redor da estrutura e um triclinium (um sofá para reclinar) em meio a colunas de pórfiro e pilastras de mármore são todas reminiscentes do sonho do imperador de lazer e diversão. Os restos pictóricos de Domus Transitoria, incluindo decorações de estuque e partes do piso de mármore, são conservados e exibidos no Museu Palatino.

O Colosso de Nero

O Colosso de Nero (Colossus Neronis) era uma estátua de bronze de 29 metros do imperador, Nero Claudius, onde ele é retratado como o deus do sol. Estava originalmente em um vestíbulo no Domus Aurea, mas, eventualmente, foi transferida para o Anfiteatro Flaviano, que mais tarde se tornou conhecido como o Coliseu. A estátua, projetada pelo arquiteto grego Zenódoro, foi originalmente colocada na entrada principal do Domus Aurea. O imperador Vespasiano colocou uma coroa solar nela e renomeou a estátua de Colossus Solis, logo após a morte de Nero em 68 d.C.

Infelizmente, hoje apenas a base da estátua permanece perto do Coliseu e acredita-se que tenha sido destruída em um dos terremotos do século V.